Cap. I - O Alfarrabista Genovês
Cap. II - Os Seis Desaparecidos
Cap. III - Os Manuscritos de Colombo
Cap. IV - Perguntem à Viúva
Cap. V - Um Rosto Desconhecido
Cap. VI - A Carta Secreta de Colombo
Cap. VII - A Fotografia
Cap. VIII - A Chave
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A Lenda do Livro dos Segredos
Cap. I - A Magia dos Livros
Tudo começa em Trás-os-Montes, no Norte de Portugal, onde Os Primos se encontram a passar férias. Toda a família está embrenhada na leitura, exceto André, que parece ter trocado o poder e a magia dos livros por uma série de televisão. Maria decide fazê-lo mudar de ideias, sem imaginar que uma mudança de planos os irá conduzir a Marrocos, precisamente em busca de um misterioso e surpreendente manuscrito antigo chamado O Livro dos Segredos...
À esquerda, o percurso desta original e misteriosa aventura que improvisamente leva Os Primos de Trás-os-Montes a Marrocos. Ao centro, a primeira cena da história e as colinas da aldeia transmontana no Norte de Portugal que serviram de inspiração à autora Mafalda Moutinho e ao ilustrador Umberto Stagni.
Inseparáveis, Os Primos passam o começo desta aventura em mil e uma atividades no campo, na quinta dos avós, explorando os montes e vales das redondezas, observando burricos e ninhadas de coelhinhos e pintainhos acabadas de nascer, palmilhando o leito seco do riacho em busca de amoras silvestres, apanhando cerejas, fazendo piqueniques e mergulhando nas praias fluviais da zona e do Azibo. André até decide ajudar o avô na apanha da batata, mas a experiência não lhe corre muito bem…
Infelizmente, o avô tem uma queda que obriga a uma mudança inesperada de planos. Os Primos já não vão poder passar o resto das férias na quinta, mas acompanharão os embaixadores até Marrocos, durante um breve destacamento diplomático do embaixador Torres, pai das duas irmãs. A princípio, Maria recusa-se a ir por recear as aranhas, mas de repente muda de ideias sem explicar a ninguém o porquê da sua decisão. André bem tenta, mas a prima não lhe revela a verdade e o rapaz fica cada vez mais curioso e determinado a desvendar o segredo…
Cap. II - A Lenda do Livro dos Segredos
Quem os vai buscar ao aeroporto de Fez, a mais antiga cidade imperial de Marrocos, é um historiador famoso. No caminho até ao riad, o hotel onde ficarão instalados, este revela-lhes que, dentro de uma das bibliotecas mais antigas do mundo, encontrou um códex com referências a um estranho manuscrito do século IX, chamado Kitāb al-asrar, O Livro dos Segredos. Mas quando os jovens se mostram interessados em lê-lo, o homem confunde-os, dizendo-lhes que ninguém sabe onde este se encontra…
A chegada ao riad de Fez e o primeiro códex d’O Livro dos Segredos.
Em cima, à esquerda, o aeroporto de Fez, onde Os Primos aterram; ao centro, a mulher que veem a atravessar perigosamente a estrada e, à direita, a Boulevard Ben Mohammed El Alaoui, que percorrem para chegar ao riad. O historiador revela-lhes que encontrou as pistas da misteriosa lenda na biblioteca de Al-Qarawiyyin, e que o livro parece ser uma coleção de quatro códices aos quais correspondem quatro capítulos. Diz-lhes também que foi escrito por Ibn al-Latīf, um autor de quem nunca se ouviu falar, na mesma altura em que surgiram As Mil e Uma Noites, a famosíssima coleção de contos árabes…
Biblioteca de Al-Qarawiyyin, na Place Seffarine, onde a autora Mafalda Moutinho observa artesãos a martelar objetos de metal, mantendo vivo um dos mais antigos ofícios da almedina de Fez.
Em cima, fotografias do percurso até ao riad onde Os Primos ficam alojados, caminhando por ruas de edifícios decadentes que causam grande apreensão a Maria, com portões velhos, paredes esburacadas e arcadas a necessitarem urgentemente de obras.
A autora Mafalda Moutinho a observar a antiga cidade de Fez do terraço do magnífico riad.
«O riad, o tradicional palacete marroquino transformado em hotel, era lindo, com paredes e colunas cobertas de mosaicos andaluzes (…) vasos de plantas subtropicais, candeeiros de metal coloridos, mesas, cadeiras, almofadas tradicionais e uma sumptuosa e emblemática fonte».* Mas apesar do ambiente hospitaleiro e pitoresco, Maria tem uma surpresa muito desagradável que a faz pensar em desistir da investigação e renunciar a desvendar o que parece ser um incrível segredo…
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.
Cap. III - O Códex de Fez
Os Primos conhecem novos amigos e percorrem com eles as labirínticas ruelas da Almedina de Fez em busca da primeira pista do códex, mas acabam por se perder. Um indivíduo de aspeto duvidoso oferece-se para os levar até Chouara, a fábrica de curtumes mais antiga da cidade, e depois de uma intensa cena de perigo, os jovens acabam por descobrir um novo códex dentro de um pote escondido numa parede…
Chouara, a mais antiga fábrica de curtumes de Fez, que os jovens visitam e na qual encontram um pote selado escondido numa parede e contendo um novo códex d’O Livro dos Segredos.
«André (…) enfiou a mão dentro do buraco, penetrando nele com o braço até ao cotovelo, o que provocou um estremecimento involuntário à prima. (…) Então, de repente, algo puxou violentamente por ele, obrigando-o a embater contra a parede, e o rapaz soltou um bramido de dor. — André! André! — gritou Maria, horrorizada.»*
Os três arcos de Bab R’cif, a porta da muralha que os jovens atravessam para entrarem na parte antiga da almedina, de ruas estreitas e reservadas apenas a transeuntes, considerada uma das zonas pedonais mais extensas do mundo.
A autora Mafalda Moutinho na labiríntica Almedina de Fez, passando pelo «souk dos metais, onde a lojas de pratos e travessas, lâmpadas e candeeiros de todos os formatos e tamanhos imagináveis, se sucediam a outras com fogões, abafadores, bules, maçanetas, vasos, espelhos, molduras, e vários artefactos tradicionais».*
Esta é a parte islâmica da cidade, Fez el-Bali, ou Fez a Velha, fundada entre 789 e 808 AD e considerada Património da Humanidade pela UNESCO. Ao longo da história, Fez foi várias vezes capital, e embora tenha sido substituída por Rabat no início do século XX, foi sempre considerada o centro espiritual e cultural do país.
A incrível amálgama de produtos à venda nos milhares de ruas da Almedina de Fez. Entre candeeiros, cerâmica, potes, panelas e farmácias encontramos krachels, pãezinhos de água e flor de laranjeira cobertos com sementes de anis e sésamo, tâmaras, figos, azeitonas, e até cabeças e patas de camelo penduradas…
Em cima, ruas desertas, prédios em péssimas condições, e um indivíduo suspeito que guia Os Primos e os amigos por um labirinto infinito até às traseiras de Chouara, um dos lugares mais simbólicos (e malcheirosos) da Almedina de Fez e quase tão antigo como ela.
A curtição das peles é uma arte que se tem mantido praticamente imutável ao longo dos séculos. Imaginem que ainda utiliza excrementos de pombo dissolvidos em água para amaciar as peles e impedir a sua decomposição orgânica…
O magnífico pequeno-almoço d’Os Primos, com bolos e iguarias locais de aspeto muito apetitoso, como a baghrir, uma famosa panqueca marroquina de sêmola coberta de mel delicioso, a harcha, outro tipo de panqueca mais pequena, muito amarelinha, grossa e polvilhada de sêmola, azeitonas pretas e queijo fresco, os msemen, deliciosos pães ázimos quadrados e cozinhados na chapa, doce de figo, de alperce e de morango, melão, sumo de laranja e leite. Nada mal para começar o dia…
E à noite, a famosa sopa marroquina harira, de tomate, lentilhas e grão-de-bico, e duas tajines marroquinas, deliciosas montanhas perfeitas de cenouras, courgettes e batatas em grandes pedaços, carne, ou um peixe inteiro, couscous e passas, que levam três horas a cozinhar lentamente dentro de uma louça de barro especial, à qual também se chama tajine.
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.
Cap. IV - O Génio da Caverna Azul
Excitadíssimos com a nova aventura, os jovens conseguem finalmente ler o primeiro capítulo d’O Livro dos Segredos. Neste, o autor Ibn al-Latīf, de apenas 20 anos, narra o episódio mais surpreendente da sua vida, no qual um génio lhe concede um poder incrível. Mas não revela do que se trata, deixando André em pulgas para descobrir o mistério…
A nova pista leva o grupo a Chefchaouen (Xexuão, em português), uma cidade incrível toda pintada de azul, digna de uma fábula d’As Mil e Uma Noites e… perfeita para esconder mais um códex d’O Livro dos Segredos.
A autora Mafalda Moutinho em busca de inspiração nas ruas de Cefchaouen (Xexuão).
Fotografias das encantadoras ruas azuis de Xexuão.
«Uns dizem que o azul afasta os mosquitos, outros dizem que Chefchaouen se assemelha a algumas povoações da Andaluzia, das quais recebeu muitos refugiados mouriscos e judeus aquando da sua fundação, e outros referem ainda que a cidade nem sempre foi azul, e que a decisão de a pintar assim foi tomada apenas há algumas décadas para atrair turistas (…) Mas alguns habitantes mais antigos mencionam a existência de uma lenda cujas origens ninguém conhece ao certo…»* e que Os Primos vão acabar por desvendar...
Babuchas e pigmentos coloridos e um camião a abarrotar de palha.
«Passaram por barragens, campos de oliveiras estrumadas, extensos campos de cereais acabados de colher e camiões carregados de fardos de palha que ocupavam quase o triplo do seu volume, transbordando vários metros para a estrada, à frente e à retaguarda, num equilíbrio periclitante que parecia sustentado por mãos invisíveis.»*
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.
Cap. V - O Segredo da Cor Azul
Ao analisar o manuscrito de Chefchaouen, e graças a um truque usado por Ana que envolve espalhar cinzas por cima do papiro, o grupo descobre um mapa de uma antiga cidade romana chamada Volubilis, destruída pelo terramoto de Lisboa de 1755. Mas ao pesquisar as ruínas, André é mordido por uma cobra…
À esquerda, o mapa de Volubilis que os jovens encontram no códex de Xexuão. Ao centro, André é mordido por uma cobra-de-ferradura. À direita, a magnífica basílica da antiga cidade romana.
Em Volubilis, a autora Mafalda Moutinho dirige-se à basílica (à esquerda e ao centro) e ao templo capitolino (à direita).
Templo capitolino (à esquerda e ao centro) e Casa da Colunas (à direita), nas escadas da qual Os Primos e os amigos leem mais um códex d’O Livro dos Segredos.
Interior e exterior da basílica de Volubilis, com as suas magníficas colunas, perante o fórum, o espaço público, no centro da cidade, onde ficava a administração do município, o tribunal e o mercado e onde se desenvolviam as atividades dos comerciantes.
À esquerda e ao centro, o Arco do Triunfo, ou de Caracalla, e à direita, o Decúmano Máximo, que conduz à Porta de Tânger. Esta era a zona mais rica de Volubilis.
A autora Mafalda Moutinho junto da Casa de Orfeu e vários exemplos de mosaicos nas ruínas da antiga cidade romana: golfinhos na Casa de Orfeu e mosaico de um burro montado na Casa do Atleta.
A autora a visitar o quarteirão sul das ruínas de Volubilis, mosaico de Orfeu tocando a sua harpa frente aos animais e mosaico de Baco na Casa do Cavaleiro.
Cap. VI - O Códex de Casablanca
A investigação prossegue após o pânico causado pelo incidente da cobra, e os jovens acabam por encontrar um novo códex na basílica de Volubilis. Porém, ao lerem o seu conteúdo ficam ainda mais confusos, pois parte da narrativa não faz qualquer sentido. Além disso, o misterioso autor continua a não revelar o poder que o génio lhe deu…
À esquerda, a página do códex de Volubilis na qual os jovens encontram uma enigmática gravura de inspiração zellige. Não conseguindo descodificá-la, partem para Casablanca, em busca de respostas na incrível mesquita Hassan II (ao centro e à direita), cujo teto requintadamente decorado se abre para o exterior.
A autora Mafalda Moutinho no exterior da mesquita Hassan II, em Casablanca, Marrocos.
A mesquita levou apenas sete anos a ser concluída e as obras começaram em 1986. Cabem no seu interior 25.000 pessoas e outras 80.000 no exterior.
As revelações do autor d’O Livro dos Segredos deixam-nos perplexos… «como é que, vivendo no final do século IX, ele sabia do massacre de Fez, que só ocorreu no século XI? Ou que tinha havido dinossauros, no passado, ou que um terramoto acabaria por destruir Volubilis quinze séculos mais tarde? E como é que ele poderia ter escrito um índice das suas aventuras (…) quando ainda não tinha começado a vivê-las?»*
Os Primos visitam o vasto salão de preces (à esquerda) e a belíssima sala das abluções (ao centro e à direita) da mesquita Hassan II.
Os jovens encontram-se ali porque precisam de ajuda para interpretar a misteriosa gravura zellige encontrada no último códex. Assim, visitam também o museu, no qual se expõem vários exemplos da famosa arte utilizada no interior do edifício, e é ali que recebem uma notícia inesperada…
Em busca de ideias, a autora Mafalda Moutinho observa alguns mosaicos de inspiração zellige, arte muito antiga e típica marroquina, baseada na repetição de motivos geométricos, que surgiu devido ao facto de a lei islâmica não permitir representar seres vivos na decoração dos espaços.
Extensas praias em Casablanca, Marrocos, por onde Os Primos passam antes de abandonarem a cidade em busca de novas pistas.
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.
Cap. VII - O Segredo do Zellige
Os jovens descobrem que, devido a um erro de dedução, a etapa seguinte não deveria ter sido Casablanca, mas El Jadida, ou Mazagão, na qual finalmente desvendam o segredo do zellige encontrado no último códex. Mas ao investigarem um dos monumentos mais importantes, a famosa Cisterna Portuguesa, acabam por se meter em sarilhos que parecem não ter fim…
Os jovens descobrem que o símbolo do códex de Casablanca se refere à Cisterna Portuguesa, um espetacular salão subterrâneo com colunas e pilares em estilo manuelino, onde acabam por ficar presos. Terão de ser incrivelmente criativos para conseguirem sair de lá…
A cisterna foi construída pelos portugueses em 1514, e é composta por uma vasta sala quadrada com seis naves repletas de abóbadas, colunas e pilares, refletidos no estrato de água que cobre o chão. Ao centro, as escadas de pedra que conduzem a uma porta de ferro, a corredores estreitos e escuros, e a mais uma descoberta do grupo…
À esquerda, a entrada da Cisterna Portuguesa. À direita, a torre de vigia marroquina por onde os jovens conseguem escapar. A torre era conhecida como El Brija e estava em ruínas quando os portugueses aqui chegam no final do século XV. Hoje encontra-se ocupada por uma esquadra de Polícia a poucos metros da cisterna.
Tal como Casablanca, El Jadida foi uma das primeiras possessões portuguesas no Norte de África, durante os descobrimentos que levaram à descoberta do caminho marítimo para a Índia. Quando, no final do século XV, a vila passa a fazer parte da Coroa portuguesa, os lusitanos chamam-lhe Mazagão, constroem uma grande fortaleza à sua volta e ali ficam até a abandonarem em 1769.
Canhões na fortaleza de El Jadida. Esta foi a última fortificação portuguesa em Marrocos.
As lojas da Rue Hachmi Bahbah e o magnífico jardim interno do riad onde Os Primos e os amigos ficam em El Jadida, e que o grupo não consegue encontrar quando se perde no seio da antiga almedina. Este é um episódio da aventura que não acaba bem…
Cap. VIII - O Encantador de Serpentes
Depois de todas as peripécias, quando chegam finalmente à porta do riad, o hotel onde estão alojados, três indivíduos roubam a mochila de André, na qual este guardara o último códex. Desolados, os jovens temem ter perdido para sempre o segredo do seu conteúdo. André receia jamais descobrir o poder que o génio dera a Ibn al-Latīf, mas tem uma ideia brilhante que acaba por conduzi-los a Marraquexe e a um encontro inesperado com um encantador de serpentes…
Sim, não estão enganados, estas são mesmo cabras em cima de uma argânia (a árvore que produz o argão, que elas adoram comer).Os Primos veem-nas a caminho de Marraquexe, na última etapa desta aventura. À direita, uma cena de perseguição pelos movimentados e sugestivos souks (mercados) da cidade.
Os encantadores de serpentes da praça Jemaa el-Fna que inspiraram a autora Mafalda Moutinho a escrever uma das cenas finais.
À esquerda, as velhas máquinas fotográficas do antiquário onde, na história, os quatro marroquinos tentam vender o precioso códex encontrado pelos jovens. Ao centro e à direita, alguns exemplos de produtos fascinantes à venda nos magníficos souks de Marraquexe.
«A variedade de produtos era surpreendente. Desde os mais perfeitos montículos de bolinhos, especiarias, pigmentos coloridos, sabonetes incrivelmente perfumados, âmbar ou frutos secos, a fiadas de cintos, chapéus, casacos e pitorescas malas em pele, em tecido ou até em mosaico, passando por camisões, babuchas, bules, travessas, candeeiros, artigos de madeira e cerâmica trabalhados à mão, cestos, tapetes, echarpes, óleo de argão, perfumes, pulseiras e colares.»*
«Os turistas dividiam a sua atenção entre as variadas escolhas que o espaço oferecia, desde as bem organizadas e apelativas bancas de sumos frescos e de fruta seca, com admiráveis expositores repletos de tâmaras de todos os tamanhos e preços, aos cartomantes, vendedores de água berberes e barracas que começavam a preparar-se para vender comida típica à noite, sem esquecer quem oferecia óleo de argão, sabonetes, tatuagens de hena, escovas de dentes naturais feitas com pequenos ramos de árvore e mezinhas de todo o tipo sob grandes chapéus de sol.»*
As espetadas de frango marinado e a deliciosa pastilha que os jovens comem no caminho para Marraquexe e o bonito riad onde ficam instalados na almedina da cidade.
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.
Cap. IX - O Maior Segredo de Todos
Depois de perseguirem os ladrões pelos souks de Marraquexe, os jovens acabam por conseguir reaver o códex perdido, que lhes narra o incrível final d’O Livro dos Segredos, os avisa de uma terrível pandemia futura e lhes revela finalmente o misterioso poder que o génio dera ao seu autor. Mas o maior segredo de todos, totalmente inesperado, pois nenhum deles contava descobri-lo, não se encontra dentro do antigo manuscrito e é Ana quem o vai desvendar…
À esquerda, Os Primos e os companheiros com quem viajam por Marrocos em busca de um códex incrível, O Livro dos Segredos, que se revela capaz de penetrar na mente de André, levando-o a ver os livros com outros olhos. À direita, a autora Mafalda Moutinho no restaurante sobre a praça Jemaa el-Fna, onde o grupo descobre O Maior Segredo de Todos…
Marraquexe é um dos destinos turísticos mais concorridos de todo o continente, possui o maior mercado tradicional do país e talvez a mais famosa de todas as praças africanas, Jemaa el-Fna, com um enorme terreiro no qual desembocam os vários souks confinantes. «Desde o século XI que aqui se juntam vendedores, dançarinos, saltimbancos, músicos, curandeiros e encantadores de serpentes oriundos de todo o país, rodeados por turistas curiosos.»*
* in, Moutinho, Mafalda, A Lenda do Livro dos Segredos, 1a edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2020.