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© Mafalda Moutinho

Mafalda Moutinho

Licencia-se no ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) em 1995, em Relações Internacionais, após ter concluído o curso na Universidade de Central Lancashire, em Inglaterra. Nesse ano parte para Londres com uma bolsa de estudos do British Council, para fazer um Master of Arts in International Relations and European Studies a tempo inteiro, no London Centre of International Relations da Universidade de Kent, em 1996.


Trabalha sediada em Londres de 1997 a 2003 como Consultora de Gestão numa grande empresa de consultoria multinacional, a Accenture. Durante mais de seis anos vive experiências que de outra forma dificilmente viveria: um ano em Londres (cuja atmosfera utilizará mais tarde em O Segredo de Craven Street após o mestrado; outro em Paris, o terceiro em Milão; o quarto numa fábula d'As Mil e uma Noites no fantástico Cairo (onde as expedições no deserto, a magia do Nilo e da cultura egípcia e árabe, os fins-de-semana a cavalo entre as pirâmides de Gisé e de Saqqara, as jornadas ao Sinai e a Sharm el Sheik, a Petra e a Jerusalém, servirão de cenário a O Segredo do Mapa Egípcio; o quinto ano em Haia, na Holanda; e o sexto saltando entre Londres, Estocolmo, Madrid e finalmente Roma, onde trabalha até Março de 2003 e na qual recolhe ideias para O Mistério das Catacumbas Romanas.


Desde então vive em Itália, e continua a viajar, claro, fazendo investigação in loco para os vários livros que vai escrevendo. Em 2008, por exemplo, deslocou-se à China para obter grande parte das ideias que vieram a fazer parte do conteúdo de O Oráculo do Velho Mandarim e graças a uma bolsa de estudos concedida pela Fundação Oriente. Em 2009 foi visitar Martinica, São Vicente e Granadinas, para escrever O Diamante da Ilha das Caraíbas. Em  2010 viajou até ao México para fazer pesquisa para O Símbolo da Profecia Maia, em 2013 esteve na Califórnia, recolhendo elementos para O Mistério das Pepitas de Ouro e em 2014, na Austrália, explorando Sydney, Brisbane, parques naturais, santuários de vida selvagem, a floresta tropical de Daintree e a Grande Barreira de Coral, para O Mapa da Ilha Secreta.


A viagem seguinte, à Nova Zelândia, A Terra da Grande Nuvem Branca, fê-la deparar-se com um lugar aparentemente impossível de suplantar, ficando com a sensação de ter visto o apogeu em termos de beleza natural neste planeta. Explorou a Ilha Norte, escolhendo as zonas de Rotorua, Taupo, Otaki e Wellington, e também a Ilha Sul, selecionando Punakaiki, Fox Glacier e a magnífica Fiordland como cenários que utilizaria n'O Segredo da Tribo Perdida. Nos fiordes, tudo é verde. As árvores são verdes, os troncos são verdes, até o chão, coberto de líquenes e musgo, e a água, que tudo reflete, são verdes. É uma zona repleta de braços de mar que penetram na costa por entre escarpas de montanhas a pique com mais de mil metros de altura, vales, rios, lagos e cascatas altíssimas de uma beleza absoluta, à maior parte da qual se acede apenas por via aérea. O país apresenta uma infinidade de elementos misteriosos que incitam a criatividade. A autora acredita que não se pode passar por este planeta sem visitar a Nova Zelândia pelo menos uma vez na vida.


A Carta Secreta de Colombo surge em 2018, tendo como cenário a cidade de Génova, a Soberba. Focaliza-se na vida de Cristóvão Colombo e Leonardo da Vinci e reflete as experiências e a investigação histórica da autora na Riviera Italiana, onde vive atualmente com a família.

O Segredo das Pérolas Árabes, publicado em 2019, tem lugar num dos países mais extravagantes do mundo, os Emirados Árabes Unidos, onde se vivia das pérolas e, em 1958, se passou a viver do petróleo, o que permitiu alcançar, em apenas cinquenta anos, um crescimento incomparável. Nesta aventura evidenciam-se as preocupações ambientais da autora e apresenta-se o Sol, a fonte de energia por excelência da maior parte dos seres vivos na Terra, como a grande esperança do planeta, fornecendo-nos uma energia grátis, inesgotável e, sobretudo, limpa, que em breve se há de tornar numa excelente alternativa não só ao petróleo, como aos restantes combustíveis fosseis.

Escrita durante a pandemia de COVID-19 e após uma viagem de investigação a Marrocos, A Lenda do Livro dos Segredos é uma defesa apaixonada da magia dos livros. Aborda a questão de os jovens se verem assoberbados com a crescente oferta de conteúdos audiovisuais, chegando, por isso, a abandonar irremediavelmente a leitura. A narrativa começa em Trás-os-Montes e prossegue em Marrocos, atravessando treze séculos da história entrecruzada dos dois países. Inspirada n’As Mil e Uma Noites, debruça-se sobre pandemias e alterações climáticas, mas dedica-se sobretudo ao esforço de Maria em convencer o primo André a retomar o gosto pelos livros. É precisamente este esforço que a leva a elaborar um plano extremamente criativo, conduzindo Os Primos a viver emocionantes aventuras repletas de suspense, a desvelar um mistério cujo final é particularmente original e inesperado e, sobretudo, a alcançar o seu propósito: convencer André a ler.

A ação d’O Segredo do Velho Palacete tem lugar em Portofino, na Riviera Italiana, região onde a autora viveu durante os seus últimos anos em Itália, num magnífico palácio construído em 1908, inspirado no célebre hotel Kulm, que Giacomo Puccini habitualmente visitava como hóspede. O famoso compositor italiano é, assim, a personagem histórica desta aventura, desenrolada num dos mais inquietantes períodos da atualidade, a pandemia de COVID-19, tendo ele próprio sobrevivido cem anos antes a uma das pandemias mundiais mais devastadoras, a Gripe Espanhola. Obrigados a permanecer na luxuosa, mas decadente, residência, enquanto o resto do mundo fazia o mesmo nas suas habitações, Os Primos deparam-se com uma enorme curiosidade em desvendar os segredos e mistérios que surgem quando ali entram. Porém, debatem-se igualmente com uma inédita falta de liberdade, com incertezas relativas ao presente e ao futuro, com os seus próprios receios e emoções, assim como os dos restantes habitantes do palacete, com os quais se veem forçados a lidar.

Em 2021, Moutinho regressa a Portugal, o seu país de origem, após 26 anos no estrangeiro (dos quais 20 em Itália), e elege a Riviera Portuguesa como residência. É aí que, em 2023, escreve O Caso da Grande Mentira, servindo-se de uma viagem à belíssima ilha da Madeira para criar os cenários da nova aventura d’Os Primos. Nesta obra, explora assuntos cruciais de tendências do presente, que a preocupam e nela incutem um sentido de responsabilidade. Aborda, por um lado, o tema da desinformação, que é disseminada rápida e globalmente através da Internet, e das ameaças que esta representa não só para o mundo inteiro, mas, sobretudo e cada vez mais, para as crianças. Por outro, fornece o seu contributo pessoal para a divulgação da Convenção sobre os Direitos da Criança, utilizando ambos os elementos como motores principais do enredo, lado a lado com as habituais peripécias e mistério que caracterizam a coleção.

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